sexta-feira, 11 de março de 2011

belissímo artigo do blog cultura e consumismo.

Cultura e consumo no nosso dia-a-dia

Os blogs, a princípio, foram criados como uma espécie de diário daqueles que neles escrevem. Com o passar do tempo, tornaram-se plataformas para a expressão de pensamentos, a divulgação de informações e a realização de análises, entre outras diferentes possibilidades. O meu propósito com esse blog é lançar um olhar sobre fenômenos de cultura e consumo, o que, em maior ou menor medida, corresponde a quase totalidade do que fazemos e vivemos em nosso dia-a-dia. Nesse sentido, a ideia é usar este blog como um meio para a realização de observações, comentários e interpretações sobre cultura e consumo.

O leque de possibilidades é extraordinariamente amplo. Fenômenos de cultura e consumo, enquanto construções individuais e coletivas, podem ser ou estar associados à desde um simples artefato material, como uma enxada que se usa para capinar, até complexos padrões de comportamento, como o engajamento em trabalhos voluntários de caráter social. Possuem, portanto, um caráter tanto conspícuo quanto simbólico e são transversais à vida cotidiana.

No mundo contemporâneo, para o bem ou para o mal, há muito que o consumo deixou de ser um substantivo masculino e passou a ser visto como um vilão ou um redentor da vida em sociedade. Poucos, entretanto, o vêem como inexorável, ou menos ainda como uma espécie de vetor, simultâneo, de produção e reprodução cultural. Por um lado se impõe uma racionalidade de criação e estruturação de mercados, bem como geração de riquezas e a concepção de que a felicidade virá por meio dos bens. Por outro, subsiste a expectativa de uma lógica distinta. Em meio a esse processo, pessoas e empresas definem e constroem identidades que estão presentes e permeiam espaços privados e públicos, inclusive no que diz respeito à relação com o Estado.

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