segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Banqueiros, tremei: Bancários aprovaram a pauta de reivindicações 2011


Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT:"Estamos iniciando uma grande campanha nacional pelo emprego decente, contra a violência do assédio moral e contra a pressão pelo cumprimento de metas abusivas. Exigimos ainda aumento do número de bancários nas agências e remuneração decente. Altos executivos ganham até 400 vezes mais do que o salário do bancário. Precisamos acabar com essa indecência"._________________________________________

Está definida a pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional Unificada 2011. Delegados eleitos por empregados de bancos públicos e privados de todo Brasil debateram entre os dias 29 e 31 de julho, na 13ª Conferência Nacional, os itens que serão negociados este ano. A pauta deve ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto.

A categoria bancária, que tem uma
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para os mais de 484 mil empregados de bancos em qualquer cidade do Brasil, quer
nesta campanha de 2011:
  • reajuste salarial de 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%),
  • PLR de três salários mais R$ 4.500;
  • valorização do piso (igual ao salário mínimo do Dieese =R$ 2.293,31 em maio);
  • aumentos nos vales refeição e alimentação;
  • PCCS- plano de cargos e salários para todos,
  • fim das metas abusivas e do assédio moral – para ter melhores condições de trabalho –,
  • mais segurança
  • e empregos.
Inclusão bancária – Os delegados reunidos na Conferência Nacional querem a inclusão bancária, para que todos tenham direito a atendimento de qualidade feito por bancários em agências e postos de atendimento, independentemente da região do país. Quase 40% dos cidadãos ainda não têm acesso a contas-correntes no Brasil. O objetivo da categoria é acabar com esse quadro e com a precarização do trabalho bancário, feita por meio do uso dos correspondentes. Além disso, garantir a proteção ao sigilo e a aplicação do plano de segurança para funcionamento das agências.

Assim, a categoria definiu apoio ao Projeto de Decreto Legislativo do deputado Ricardo Berzoni (PT-SP), pela revogação das resoluções do Banco Central que escancaram as possibilidades de atuação dos correspondentes bancários.

Venda responsável – Junto com a pauta de reivindicações, os bancários entregarão à Fenaban a Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros. O objetivo é que os banqueiros assinem o documento – elaborado pela Uni Finanças, ligada à UNI Sindicato Global – e se comprometam com a venda ética de produtos e o cumprimento de seu papel social.
Pontos principais reivindicados:
Reajuste Salarial:
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)
PLR:
três salários mais R$ 4.500
Piso:
Salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51)
Vales Alimentação e Refeição:
Salário Mínimo Nacional (R$ 545)
PCCS:
Para todos os bancários
Auxílio-educação:
Pagamento para graduação e pós
Emprego:
Ampliação das contratações, inclusão bancária, combate às terceirizações e à rotatividade por meio da qual os bancos aumentam seus ganhos com a redução dos salários, além da aprovação da convenção 158 da OIT
Outras:
Cumprimento da jornada de 6 horas;
Fim das metas abusivas;
Fim do assédio moral e da violência organizacional;
Mais segurança nas agências e departamento;
Previdência complementar para todos os trabalhadores;
Contratação da remuneração total;
Igualdade de oportunidades.
Fonte: Seeb-SP e ContrafCUT.

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