A
política de reserva de vagas para afrodescendentes nas universidades públicas
surge nos meios de comunicação. Seus críticos argumentam que a dificuldade de
aferir se o candidato à vaga é descendente de negros prejudica a transparência da
iniciativa. Outros defendem que essa ação compensatória não deveria se pautar
por critérios raciais, mas econômicos, ou seja,
deveria ser criada a reserva de vaga para alunos pobres independentes de
sua etnia.
Há também
opiniões abertamente contrarias as cotas. Há quem aponte o fato de o
beneficiado não conseguir acompanhar as exigências acadêmicas de cursos “difíceis’’ (afinal muitos cotistas são de escolas
publicas de ensino fraco). Outra opinião contraria e bastante difundida e a
desigualdade no tratamento dos candidatos, considerando injusto que pessoas que
não estudam “ tirem ‘’ a vaga dos candidatos mais bem preparados.
Já seus
defensores argumentam que as cotas são uma forma concreta de reparar erros do
passado com uma política temporária, que visa dar ao maior número de
afrodescedentes oportunidades de ascensão social pro meio do estudo.
Polêmicas
a parte, permanece a questão: como promover a superação das desigualdades
decorrentes da escravidão e de uma abolição que não pensou na integração dos
ex-escravos? Pense nisso você também.
Livro
dez lições de sociologia- Gilberto Dimenstein
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