terça-feira, 29 de maio de 2012

Entrevista com Ricardo Antunes


Terceirização: porta de entrada para a precarização. 
 
IHU - Unisinos
Instituto Humanitas Unisinos
Adital
Segunda, 21 de maio de 2012
Por Graziela Wolfart
"O que o neoliberalismo e o social-liberalismo vêm fazendo no mundo é uma contrarreforma. É destruição de direitos. Temos que estar muito atentos para impedir isso”, afirma o sociólogo
Questionado a refletir sobre as transformações recentes no mundo dotrabalho, o professor e pesquisador da Unicamp, Ricardo Antunes, aponta a terceirização como "a porta de entrada para a precarização estrutural do trabalho em escala global”. Ele explica, na entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line, que o argumento de que a terceirização geraria maior qualidade é ideológico e falacioso. "Terceiriza-se para reduzir custos e para aumentar a divisão e, com isso, dificultar a organização sindical e a resistência da classe trabalhadora. A terceirização é, em si e por si, nefasta e tem que ser combatida. Não é verdade que ela seja inevitável”.
A revista IHU On-Line, no. 390, de 30-04-2012, intitulada "As mutações do mundo do trabalho. Desafios e perspectivas”, discutiu o tema.
Ricardo Antunes é mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas e doutor, na mesma área, pela Universidade de São Paulo. Realizou pós-doutorado na University of Sussex e obteve o título de Livre Docência pela Universidade Estadual de Campinas, onde hoje é professor. É autor de Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho (São Paulo: Cortez, 2010), Infoproletários: degradação real do trabalho virtual (São Paulo: Boitempo Editorial, 2009), entre outros títulos. Lançou no ano passado O continente do labor (São Paulo: Boitempo Editorial, 2011), sobre o qual trata também nesta entrevista, ao afirmar que "somos o continente do massacre, mas também da rebelião; do saque, mas da luta; da escravidão, mas que luta pela felicidade social; somos o continente da exploração, mas também da revolução”.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Quais os desafios que se apresentam ao mundo do trabalho hoje, considerando principalmente a questão da terceirização e da precarização?
Ricardo Antunes – O principal desafio se coloca na medida em que a terceirização, hoje, é a porta de entrada para a precarização. As empresas se desobrigam de cumprir relações contratuais com seus trabalhadores ao terceirizar, ou seja, contratam junto a outras empresas, que passam a ser responsáveis pelo fornecimento da força de trabalho. Neste processo, temos empresas que cumprem, de algum modo, a legislação trabalhista, e temos as que acabam não cumprindo. Isso cria um conjunto muito amplo de trabalhadores e trabalhadoras que se tornam suscetíveis no mercado de trabalho à ausência de legislação, a uma intensificação da jornada de trabalho, a um trabalho extenuante e violento. É por isso que o capital hoje, no Brasil e em escala global, quer a terceirização não só nas atividades meio, mas também nas atividades fins. O argumento que usam é o de que a terceirização gera maior qualidade. É evidente que esse argumento é pura ideologia, é falacioso. Terceiriza-se para reduzir custos e para aumentar a divisão e, com isso, dificultar a organização sindical e a resistência da classe trabalhadora. A terceirização é, em si e por si, nefasta e tem que ser combatida. Não é verdade que ela seja inevitável. A terceirização é – repito – a porta de entrada para a precarização estrutural do trabalho em escala global.
IHU On-Line – Em que sentido a CLT, promulgada em 1943, necessitaria de uma revisão? Em que aspectos ela está mais defasada?
Ricardo Antunes – A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT deve ser analisada sob um caráter bifronte. Ela tem dois lados que são, em certo sentido, contraditórios. Por um lado, a CLT traz um conjunto de direitos do trabalho (jornada semanal, descanso, salários, férias, etc.), que são conquistas dos trabalhadores desde a primeira greve que se tem notícias no Brasil, em meados do século XIX. Embora Getúlio Vargas tenha tratado a CLT como se fosse uma dádiva do seu governo, isso não é verdade. A CLT veio de lutas sociais e de greves que reivindicavam salário igual para trabalho igual, descanso semanal remunerado, férias, salário mínimo, etc. Por outro lado, a CLT tem também uma estrutura sindical que nasceu atrelada ao Estado. Era um sindicalismo sobre o qual o Estado tinha controle através do imposto sindical, de uma legislação que proibia atividades políticas dentro dos sindicatos, e através da lei do reconhecimento sindical (só o Ministério do Trabalho poderia reconhecer o direito sindical).
Enquanto a CLT, no que diz respeito à legislação social do trabalho, é avançada e positiva para seu tempo, criando direitos que ficaram na história da classe trabalhadora brasileira, no que concerne ao seu lado sindical, ela consolidou e consubstanciou um sindicalismo estatal e atrelado ao Estado. Isso tem que ser tratado com muito cuidado, porque o capital, hoje, quer quebrar a CLT. Por um lado, ele "arrebenta” com a legislação social trabalhista e, por outro lado, "arrebenta” também com os sindicatos. Isso a classe trabalhadora não pode aceitar. Teríamos que pensar num código de trabalho avançado, que mantivesse todas as conquistas trabalhistas da CLT e que não permitisse, em nenhum sentido, a sua redução, mas ao contrário: que fosse "da CLT para a frente, para cima”. Por outro lado, deveria ser um código que permitisse uma plena e autônoma liberdade sindical, sem imposto sindical e sem sindicato único obrigatório.
IHU On-Line – O que deveria fazer parte de uma reforma trabalhista no Brasil?
Ricardo Antunes – Uma reforma trabalhista, hoje, não poderia contemplar a perda de nenhum direito. Pelo contrário, deveríamos avançar na redução da jornada de trabalho, avançar para uma situação em que os direitos das trabalhadoras fossem iguais aos direitos dos trabalhadores, pois sabemos que ainda hoje as mulheres recebem, em média, algo como 70, 80% do salário dos homens para realizar o mesmo trabalho. Os capitais não querem isso hoje. Eles querem a "lei da selva”, sem direitos sociais do trabalho e com plena desorganização sindical. Por isso que a classe trabalhadora deve caminhar com muito cuidado hoje para não permitir uma reforma da CLT, que seria uma contrarreforma. O que o neoliberalismo e o social-liberalismo vêm fazendo no mundo é uma contrarreforma. É destruição de direitos. Temos que estar muito atentos para impedir isso.
IHU On-Line – Em que áreas cresce e diminui o número de vagas de empregos no Brasil hoje? Que panorama podemos traçar a partir deste cenário?
Ricardo Antunes – O crescimento do emprego no Brasil depende fundamentalmente da expansão ou da retração da economia. Na década de 1990 e nos primeiros quatro anos dos anos 2000, o Brasil viveu um quadro de estagnação e também de crise, com crescimentos pífios. E com a economia brasileira não crescendo, o bolsão de desempregados aumentava. Paralelamente a isso, aumentou enormemente também o bolsão dos terceirizados e dos trabalhadores na informalidade. Chegamos a ter num dado momento desta história recente um contingente de informalidade bastante superior a 50%. Mas a economia brasileira começou a dar sinais de melhora a partir de meados dos anos 2000, com a retomada do crescimento econômico. Esse impulso surgiu, num primeiro momento, pelo cenário favorável. Em segundo lugar, há o fato de existir um enorme mercado de consumo ocioso no Brasil. Como os salários dos trabalhadores são baixos e as condições de vida são precarizadas, temos um mercado consumidor muito restrito e seletivo.
A ditadura militar cresceu, entre 1968 e 1973, com base na expansão da produção para o mercado externo e expansão das classes médias altas e dominantes no Brasil. Então, a partir de meados dos anos 2000, o governo Lula começou a incentivar a produção para o mercado interno, fazendo uma política que significava conciliar capital e trabalho. Lula decidiu reduzir os impostos para os capitais, o que mostra que foi um governo que serviu aos capitais. Então, diminuiu a tributação da indústria automobilística, da indústria de linha branca, da construção civil. São três setores de muita expansão e incorporação da força de trabalho.
Ao mesmo tempo em que a redução de tributos incentivava a produção de geladeiras, fogões, carros e casas um pouco mais baratas do que com a tributação mais alta, houve um pequeno, mas relativo, aumento do salário mínimo. Na medida em que tivemos o aumento do salário e com uma política puramente assistencialista, mas que também traz resultados nessa impulsão econômica de que estamos falando, dada pelo Bolsa Família, acabamos tendo no país uma ampliação também do setor de serviços que igualmente incorpora força de trabalho. Por exemplo, os call centers empregam no Brasil cerca de 1,5 milhão de pessoas, sendo que quase 80% desse contingente é feminino. Isso tudo tem a ver com um contexto de crise nos países avançados (Estados Unidos inicialmente, depois Europa e Japão) a partir de 2007, 2008, em que países como China, Índia, Brasil, Rússia e outros compensaram a retração da venda de commodities para o mercado externo com o aumento da produção para o mercado interno. Essa "sacada” foi iniciada pelo governo Lula e está sendo seguida pelo governo Dilma.
IHU On-Line – Em que sentido a América Latina pode ser considerada o "continente do labor”?
Ricardo Antunes – A América Latina "nasceu”, desde 1500, quando os espanhóis e portugueses aqui chegaram, e foi criada como o que Caio Prado Jr. chamou muito bem de "colônia de exploração”. Ao contrário dos Estados Unidos e da América do Norte, que nasceram como colônias de povoamento, nós nascemos sob o signo da exploração. O papel do continente latino-americano era produzir para o mercado externo. Havia a concepção de que a população trabalhadora da colônia deveria produzir para o enriquecimento da metrópole. E isso se baseava sobre o saque, a extração de riqueza, o trabalho escravo, predatório, extraído com a força da violência e da morte.
O que é o labor? É o trabalho como sinônimo do sofrimento, que não envolve a criação. Os termos em inglês nos facilitam o entendimento. Quando falamos em work nos referimos a um trabalho que tem um sentido de construção da vida humana, de criação de bens socialmente úteis. Quando falamos em labor, nos referimos ao lado da exploração do trabalho. E a expressão "continente do labor” associada à América Latina serve para mostrar que fomos "concebidos” desde o início da colonização e da montagem do sistema de produção colonial como o continente da exploração. Por isso que a América Latina é, ainda hoje, o continente da superexploração do trabalho. Mas esse continente e seus povos estão dando sinais de que não aceitam mais esses saques, esse vilipêndio, essa superexploração intensificada do trabalho. Somos o continente do massacre, mas também da rebelião; do saque, mas da luta; da escravidão, mas que luta pela felicidade social; somos o continente da exploração, mas também da revolução.
IHU On-Line – O que caracteriza o olhar latino-americano diante dos dilemas do mundo do trabalho?
Ricardo Antunes – Primeira coisa: o meu olhar, como um intelectual e um pesquisador latino-americano, e o olhar do trabalhador e da trabalhadora na América Latina mostraram o fracasso completo das teses eurocêntricas do fim do trabalho. O mundo e o olhar latino-americano mostram que o trabalho é uma mediação essencial. Se é imprescindível eliminar o trabalho que aliena, que explora, que assalaria, é vital pensarmos em uma sociedade do trabalho que seja dotada de sentido. Pois o trabalho, ao mesmo tempo, é mediação e atividade imprescindível para a criação de coisas úteis. Em uma sociedade do futuro, livre, emancipada, cada vez menor deverá ser o tempo destinado ao trabalho, mas ele é imprescindível para criar utilidades.
Outra coisa que o olhar latino-americano do trabalho mostra, é que temos um trabalho extenuante, agitado, desmedido, que oscila entre formas de assalariamento precarizadas, de informalidade, situações de trabalho escravo, semiescravo. Não queremos um continente do labor. Eu gostaria de escrever um próximo livro que fosse "O Continente da felicidade e da emancipação social”. E um terceiro aspecto do olhar latino-americano se refere ao fato de que somos o continente da rebelião. Afinal, as lutas globais hoje, todas elas, se referem ao trabalho

Perfil Univesitário Brasileiro


 Universitário 'padrão' é mulher e estuda à noite, mostra Censo

Dom, 27 de Maio de 2012
(UOL Notícias) Ana Carolina Cabrelli, 21, acorda todos os dias às 6h da manhã para ir ao trabalho. Depois de uma hora dentro do transporte público de São Paulo, ela chega à fábrica onde faz estágio. O dia dela, no entanto, só termina por volta das 23h30, depois que ela volta da faculdade particular onde cursa nutrição.

Além de ter a rotina de boa parte dos estudantes brasileiros, Carolina é praticamente um “modelo” de aluna do ensino superior presencial do país, segundo estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais): mulher, frequenta uma instituição privada, faz bacharelado noturno e tem 21 anos.

Perfil do universitário brasileiro

PresencialA Distância
SexoFemininoFeminino
CategoriaPrivadaPrivada
GrauBachareladoLicenciatura
TurnoNoturno--
Idade2129
Idade de ingresso1928
Idade de conclusão2331
  • Fonte: MEC/Inep
Os dados do Inep estão no Resumo Técnico do Censo da Educação Superior 2010. No ensino a distância, o perfil é semelhante: a aluna é mulher, tem 29 anos e faz uma licenciatura numa instituição privada.
Neste ano, o governo traçou um perfil do estudante brasileiro por curso. As mulheres “dominam” os cursos das áreas de educação, humanidades e artes, ciências sociais, negócios e direito, saúde e bem estar social e serviços. Já os alunos dos cursos de ciências, matemática e computação, engenharia, produção e construção e agricultura e veterinária são majoritariamente homens.

Turma de Carolina só tem mulheres

Carolina diz que se decidiu por nutrição ao manter contato com pessoas da área de saúde. Segundo ela, em sua turma, na Uninove (Universidade Nove de Julho), o perfil padrão se repete: só há meninas. “A maioria também acorda supercedo, vai trabalhar e dorme supertarde”, conta.
Ela diz se arrepender de não ter prestado vestibular para a USP (Universidade de São Paulo). “Não estudei pra isso e acho que deveria ter me dedicado mais pra tentar uma faculdade pública”, diz.
Mesmo feliz com a opção escolhida, a estudante diz ter dúvidas se escolheu o curso certo. “[Na época do vestibular] Não pensei em fazer outro curso. Agora, penso em fazer outra coisa. Gosto muito do que eu faço, mas não sei se foi a escolha certa. Às vezes, cogito fazer outro curso. Alguma coisa relacionada a marketing”, afirma.

Perfil do universitário por área - cursos presenciais

EducaçãoHumanidades e artesCiências sociais, negócios e direitoCiências, matemática e computação
SexoFemininoFemininoFemininoMasculino
CategoriaPrivadaPrivadaPrivadaPrivada
ModalidadePresencialPresencialPresencialPresencial
GrauLicenciaturaBachareladoBachareladoBacharelado
TurnoNoturnoNoturnoNoturnoNoturno
Idade21212121
Idade (ingresso)19191919
Idade (concluinte)23222322
Engenharia, produção e construçãoAgricultura e veterináriaSaúde e bem estar socialServiços
SexoMasculinoMasculinoFemininoFeminino
CategoriaPrivadaPúblicaPrivadaPrivada
ModalidadePresencialPresencialPresencialPresencial
GrauBachareladoBachareladoBachareladoTecnológico
TurnoNoturnoIntegralIntegralNoturno
Idade20212120
Idade (ingresso)19181919
Idade (concluinte)23232322
  • Fonte:MEC/Inep
  • Para construção do perfi l do aluno, foi considerada a moda: medida de posição que identifi ca o atributo com maior frequência na distribuição dos aspectos selecionados

domingo, 27 de maio de 2012

Inscrições para ENEN iniciam amanhã.


ENEM 2012: Inscrições para o exame começam nesta segunda


Estudantes interessados em participar da edição 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão se inscrever no programaa partir das 10h da próxima segunda-feira, 28, até as 23h59 de 15 de junho, no horário oficial de Brasília. O cronograma do exame, que no ano passado teve 5,4 milhões de inscritos, foi anunciado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, 24. O edital do exame foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 25.
As inscrições para o exame custam R$ 35,00 e devem ser pagas até o dia 20 de junho, por meio de guia de recolhimento da União (GRU) simples, gerado no ato de inscrição. Caso contrário, a inscrição não será confirmada.
São isentos da taxa de inscrição alunos de escolas públicas que estejam concluindo o ensino médio em 2012. Para isso, sua escola deve estar cadastrada no censo escolar da educação básica e ele deve informá-la no ato da inscrição. Também estão isentos de pagamento aqueles que declararem carência socioeconômica (membros de família de baixa renda) ou estiverem em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O pedido de isenção do pagamento da taxa somente poderá ser feito por meio do sistema de inscrição.
fonte: http:www.enem.inep.gov.br

terça-feira, 15 de maio de 2012

AMAZÔNIA + 20


Amazônia + 20



Inscrições para o seminário siga o link: http://www.formfacil.com/amazonia20/inscricao
Obs: As inscrições são gratuitas e se encerram no dia do evento (28 de maio de 2012), 
os participantes terão direito a certificado emitido on-line (Carga Horária 16h). Após o 
preenchimento do formulário as inscrições serão confirmadas automaticamente.
Para maiores esclarecimentos sobre as atividades programadas no evento, entre em contato 
com o fone: 3201-8749 / 3201-8435 / 8821-1490 (Sônia Sollano)  - 8272-1118 (Professor Alberto)

PROGRAMAÇÃO
SEMINARIO « AMAZONIA+20 : CONSTRUINDO UMA AGENDA DE SUSTENTABILIDADE
LOCAL: Universidade Federal do Pará – Belém, Pará, Brasil
Dia 28: Centro de Convenções Benedito Nunes
Dia 29: Instituto de Ciências Jurídicas
Inscrições on-line: http://ufpasustentavel.blogspot.com
APRESENTAÇÃO
De 13 a 22 de junho de 2012 está programada a Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável – RIO+20, com eixos de discussão centrados na
emergência de uma economia verde com inclusão social (erradicação da pobreza) e os
desafios da governança global para o desenvolvimento sustentável, num contexto de
baixas emissões de gases do efeito estufa (GEE) e aproveitamento de fontes renováveis.
A ECO 92 oportunizou debates importantes, mas hoje, o desafio está na elaboração e implementação de políticas pautadas no compromisso de manter o desenvolvimento socioambiental sustentável, que tenha 
como foco principal o equilíbrio de uma relação saudável, produtiva e harmônica entre o ser humano e a natureza.
Nesta perspectiva, potencializar e religar o conhecimento científico com os saberes das populações
 tradicionais como esforço transdisciplinar, maximizar potencialidades endógenas como o ecoturismo e 
regular serviço ambientais estratégicos, são apenas algumas iniciativas que precisam e podem ser 
subsidiadas por ações articuladas de ensino, pesquisa e extensão, para as quais a Academia, em sua
 relação com a sociedade, tem um papel estratégico.
A UFPA comprometida com as questões da Amazônia, em parceria com outras instituições que atuam na região, convida para o Seminário “Amazônia+20: Construindo uma Agenda de Sustentabilidade”, com o
 objetivo central de debater e subsidiar a elaboração de políticas públicas, formatando uma agenda de 
ações sustentáveis a partir de seu próprio lócus de ação, as Universidades.
PROGRAMAÇÃO
Dia 26 de maio – Sábado
. Inauguração do Bosque „UFPA Sustentável‟, com plantio de algumas árvores visando à preservação de algumas espécies da Amazônia, sobretudo aquelas consideradas em extinção.
. Caminhada e passeio ciclístico: “A caminho de uma vida sustentável e saudável”.
. Lanche no Bosque Camilo Viana (atitude solidária, que ocorrerá com a contribuição dos participantes que devem levar frutas e sucos regionais).
Dia 28 de Maio – Segunda Feira
8hs – Inscrições.
9hs – 9hs30 – Abertura Oficial do Evento
9hs30 - 10hs30 – Conferência “Desafios e perspectivas da RIO+20” - Ministra do Meio Ambiente
10hs30 - 11hs – Intervalo
11hs – 13hs
Mesa 1: Economia verde e inclusão social
Moderador: Alberto Teixeira - UFPA
Norma Ely – UEPA
Marcelo Diniz – UFPA
Oriana Trindade - UFPA
13hs – 14hs30 - Almoço
14hs30 -16hs30
Mesa 2 – Biodiversidade, recursos genéticos e populações tradicionais
Moderador: Denise Machado - UFPA
Reginaldo Tembé – Líder indígena e Secretário de Meio Ambiente
Ima Vieira – Museu Emílio Goeldi
Violeta Loureiro - UFPA
16hs30 – 17hs – Intervalo
17hs – 19hs
Mesa 3 – Universidades Sustentáveis: visões e experiências
Moderador: Erick Pedreira - UFPA
Representantes da UFPA, UFOPA, UFRA, UEPA
Dia: 29 de Maio - Terça Feira
9hs – 12hs
Mesa 4: Territórios de populações tradicionais, serviços ambientais e o futuro da
Amazônia
Moderador - Thomas Mitschein - UFPA
Marcio Santilli - Instituto Socioambiental
Virgílio Viana - Fundação do Estado de Amazonas
Representante do governo do Acre
Almir Suruí - Rondônia
Representante do Governo do Pará
Representante do Ministério do Meio Ambiente
12hs-14hs - Almoço
14hs – 16hs horas
Mesa 5: Serviços ambientais: relato de experiências
Moderador – Gilberto Rocha - UFPA
Projeto Suruí Carbono - Estado de Rondônia
Projeto Mutirão Tembé - Estado do Pará
16hs – 16hs30 – Intervalo
16hs30 – 18hs
Mesa 6: Definindo agendas locais e fortalecendo mutirões interinstitucionais em
benefício das populações tradicionais da Amazônia: Um desafio da política regional.
Moderador – Thomas Mitschein - UFPA
Universidade Federal do Pará
Ministério Público Federal
Fundação Nacional do Índio
Governo do Estado do Pará
Convidados da Mesa Redonda realizada pela manhã
18hs – Encerramento com Coral da UFPA, apresentações folclóricas e Coquetel
O seminário será filmado e transmitido via Web, simultaneamente ao evento.
Promoção
Universidade Federal do Pará
Apoio
Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA
Universidade Federal Rural do Pará - UFRA
Universidade do Estado do Pará - UEPA
Ministério do Meio Ambiente
Contatos e inscrições on-line:
http://ufpasustentavel.blogspot.com

segunda-feira, 14 de maio de 2012

FHC é premiado nos Estados Unidos.


Ex-presidente brasileiro recebeu prêmio de US$ 1 milhão da biblioteca do Congresso norte-americano .


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 80 anos, foi escolhido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para receber o Prêmio John W. Kluge, no valor de US$ 1 milhão. Ele foi escolhido pelo conjunto de sua obra acadêmica, por sua vida pública e pela contribuição social no período em que governou o Brasil. O Prêmio Kluge, como é conhecido, será entregue no dia 10 de julho, em Washington, capital norte-americana.

Para o júri que escolheu Fernando Henrique, suas obras contribuíram na “construção científica das estruturas sociais do governo, nas análises sobre as relações de economia e raça no Brasil”. O prêmio é concedido àqueles que desenvolveram estudos nas áreas de sociologia, ciência política e economia. “Ao longo de sua vida, Cardoso fez perguntas difíceis e muitas vezes desafiou a sabedoria convencional”, diz o texto sobre o ex-presidente.

Na página da biblioteca, ele é apresentado como coautor de mais de 23 livros e 116 artigos acadêmicos, com versões para vários idiomas. Também é apresentado como sociólogo que analisou as relações de “dependência excessiva da indústria e do trabalho em subserviência a governos autoritários”. “Cardoso se tornou conhecido internacionalmente por sua visão inovadora e desenvolvida”, diz o texto.

Intelectual

O ex-presidente é lembrado ainda como o intelectual que viveu no exílio durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). Fernando Henrique político também é lembrado no texto de apresentação da biblioteca, ressaltando sua eleição para o Senado, sua participação na fundação do PSDB, no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Fazenda (governo do ex-presidente Itamar Franco) e sua passagem pela presidência da República por dois mandatos.

O prêmio é concedido pelo Centro John W. Kluge da Biblioteca do Congresso. O centro foi criado em 2000 para promover uma integração maior entre o chamado campo das ideias e o mundo – pesquisadores e sociedade. Receberam o prêmio, em anos anteriores, Leszek Kolakowski (em 2003), Jaroslav Pelikan e Paul Ricoeur (em 2004), John Hope Franklin e Yu Ying-shih (em 2006), além de Peter Lamont Brown e Romila Thapar (em 2008).




Band / Da Agência Brasil

Fonte: Blog do Gari Martins da Cachoeira

SBPC DESTE ANO SERÁ EM SÃO LUIZ-MA



Linda imagem para homenagear os 400 anos de São Luiz, o evento também fará parte das comemorações da capital maranhense.


Maiores informações: http://www.sbpcnet.org.br

quarta-feira, 2 de maio de 2012

TOTAL INSEGURANÇA NO SUDESTE DO PARÁ

Após o assalto a modo explosão em Canaã, na madrugada de ontem, destruirão a agência do BASA e do BANPARÁ  de Eldorado dos Carajás, imagens da parte interna demostra que não restou nada, principalmente no auto atendimento, os bandidos agem com esse tipo de violência por saber que o contigente policial do interior e muito pequeno, o qual não tem como impedir ações como essa. 


Muito interessante essa imagem, a porta que dava acesso a parte interna do banco foi para outro lado e a foto do governador ficou amparada pela porta, mas quem ampara a população do sudeste paraense contra a violência?


Infelizmente a população da cidade ficou sem serviços bancários, já que os dois bancos que foram destruídos eram responsáveis pelo atendimento geral do município.



BASA